A Umbanda
É, eu realmente demorei para escrever sobre a Umbanda,
é que, é uma coisa tão íntima, que é realmente difícil explicar essa emoção que me contagia inteiramente.
Sim, vou falar sobre isso abertamente, dizer o que é isso para mim, porque eu amo tanto, e porque é essencial na minha vida. Depois, em outras postagens, falarei detalhadamente...
Antes de começar, gostaria de escrever uma das musicas, que tocam meu coração, que cantamos em nossas giras. (reuniões)
Pombinho Branco,
Mensageiro de Oxalá,
Pombinho Branco,
Mensageiro de Oxalá,
Leve essa mensagem,
aos pés de meu Jesus,
Diga que somos,
Soldados de Aruanda,
Trabalhamos para Umbanda,
Em busca da sua Luz
Eu deveria ter dito isso antes mas, meu nome é Thays, tenho quase 18 anos, namoro um menino maravilhoso chamado Guilherme, sou Umbandista a 3 anos...
Eu sofro preconceito todos os dias da minha vida, por ser Umbandista, escrever isso aqui, vai ser mais um motivo de sofrer discriminações, mas vamos lá, pela Umbanda vale a pena, a Umbanda mudou minha vida de uma forma que ninguém, ninguém mesmo conseguiria mudar, eu era de uma torcida organizada do São Paulo, mentia para minha mãe, brigava com meu pai, saia escondida, não tava nem aí para nada, tenho certeza de que se eu não tivesse parado, eu nem estaria aqui hoje.
A Umbanda entrou de uma maneira muito difícil na minha vida, mas seria talvez, a unica maneira de eu parar lá, vou relatar a história, mas, trocarei os nomes pra não dar a identidade das pessoas envolvidas...
Uma amiga minha, na verdade, uma das minhas melhores amigas, certa época, começou a ter convulções, nenhum médico sabia dizer o que era, e ela só piorava, desmaiava, foi um tormento, eu tenho um instinto muito protetor, e me senti impotente perante aquela situação, ninguém estava ajudando, ela foi totalmente dopada com remédios tarja preta, e mesmo assim, Nada mudava, era puro desespero... a mãe dela, era kardecista, e conhecia um umbandista, mesmo que com receio, procurou o João, que disse pra levar Michelle, minha amiga, para o centro dele, que o Caboclo iria atende-la, claro, ficamos aflitos, meu Deus, um centro umbandista, que que será que acontecerá com Michelle. (Michelle, assim como eu, era enjuada nesse quesito de religião, nada agradava e tudo era chato, nós íamos num centro kardecista, mas só fomos por causa de um amigo em comum que veio a falecer, mas isso é outra história...) Sim, nós próprias tinhamos preconceito com a Umbanda, e é por isso que hoje eu não discuto e nem brigo com ninguém que tenha essa idéia a princípio... ser rotulado é uma das piores coisas... Michelle foi lá com a mãe, e lá descobriram o que ela tinha, um pequeno problema na parte esquerda do cérebro, e ela tinha que canalizar a mediunidade, porque além de tudo, ela escutava vozes dizendo que ia acabar com a família dela... Eu fui junto, pensei comigo, se Michelle gosto de lá, é porque alguma coisa boa tem, muito com o rabinho entre as pernas, eu fui... Ah, fiquei apavorada a princípio, mas não entendia muito bem, fiquei sentadinha no canto, e quase chorei de medo quando o Caboclo de um irmão de santo meu (que hoje amo) vinha me dar um passe, é, e fiquei mais apavorada quando outro caboclo veio me dizer coisas que ninguém, ninguém mesmo, sabia. Mas era uma coisa que me atraía, eu tive medo, mas eu queria mais, e mais e mais... e começamos a ir, fomos indo, indo, indo, e Michelle se curou, e eu encontrei, nessa religião brasileira, nessa religião cristã, o amor próprio, o amor ao próximo, a caridade e o amor. Aprendi a respeitar as limitações dos outros, assim como cada entidade da umbanda respeita meus limites, aprendi a ter paciência, do mesmo modo que os pretos velhos teêm comigo...
Eu realmente tenho Orgulho de ser médium de Umbanda (:
E isso sim é uma Realidade Além da Imaginação *-*